sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Estrela Cadente

Preciso de sua permissão para dizer adeus...

Novas portas virão. Para nós! 
E de longe nos saudaremos através de janelas.
Talvez sintamos desejos de nós mas que não passarão de flores saudosistas. 
Os vidros irão embaçar com os nossos soluços: sem rostos... Nossa despedida.

E assim partiremos, querida.
Talvez você não venha a acreditar, mas eu te amo. Hoje, e quem sabe, depois que reabrir os olhos.
Talvez tenhamos sido nós em outro ontem, mas hoje, não dá. 

Hoje não...

Preciso da tua boca para te dizer adeus.
Preciso do teu hálito para poder dizer que valeu a pena. Que valeu o amor

Que o amor fica, e com ele faremos boa viagem.
Que o desejo um dia vai-se embora.
Mas que fomos, um do outro,

 Estrelas cadentes.


Como diria Olavo Bilac:
 "Amai para entendê-las! 
Pois só quem ama pode ter ouvido 
Capaz de ouvir e entender estrelas"