quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Que voe

A porta do quarto estava quase fechada e quase aberta.
"Tire os meus olhos daqui!" Dizia às palavras quase ilegíveis do papel liberto de um caderno qualquer. A culpa, quieta, foi embora.
 Pra falar a verdade, tinha raiva de sentir aquilo-nem era bonito. Nem era digno, mas não era culpa.
 Era indigno verificar se as madeiras da ponte ainda se encontravam podres. Como se mágica fosse resolver a podridão das coisas...
A culpa foi embora porque era vida que sorria por atenção.
Foi quieta porque sabia que o sentimento era tentador, e o pecado era deixar de ser aquilo que almejava.

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